Aluá – De origem indígena, é um fermentado cuja fórmula muda conforme o local onde é feito. Enquanto na região amazônica é elaborado com milho triturado ou farinha de milho, no Pará sua base é a casca de abacaxi, caldo de cana e sumo de limão. Já no Ceará há uma versão feita com pão branco, cravo-da-índia e rapadura preta.
Cachaça de jambu – Também conhecido como agrião-do-Pará, o jambu é uma erva com acentuada propriedade anestésica. A mistura de cachaça comum com a erva não resulta em uma bebida saborosa, mas bastante curiosa: faz os lábios tremerem, adormece a boca e altera sensivelmente o paladar. Até pouco tempo encontrada apenas no Pará, ela vem ganhando projeção nacional e já pode ser encontrada em alguns estabelecimentos do Sudeste.
Cajuína – Bebida adotada como símbolo cultural de Teresina, a capital do Piauí, a cajuína é um derivado do suco de caju filtrado e clarificado. Foi inventada em 1900 pelo farmacêutico Rodolfo Teófilo, que pretendia combater o alcoolismo com ela. Em muitas regiões é uma substituta popular do refrigerante. Ganhou fama ao virar título da música de Caetano Veloso.
Chimarrão – Se você for apresentá-lo como bebida brasileira para um argentino ou uruguaio, é bem capaz que ele dê uma boa risada ou mostre indignação. Herança dos índios que habitavam o sul do continente, o mate é uma bebida popularíssima na Argentina, Uruguai e no estado do Rio Grande do Sul. Para toma-lo são necessárias uma cuia, uma bomba (uma espécie de canudo de metal), água morna e a erva-mate.
Gengibirra – Segundo o dicionário Aulete, a gengibirra é uma bebida fermentada feita com gengibre, frutos, açúcar, ácido tartárico e fermento de pão. No interior de São Paulo, Paraná e no Rio Grande do Norte, porém, a receita é outra: gengibre, farinha de milho, açúcar mascavo, casca de limão e água – tudo isso fermentado por uma semana. Cada vez mais raro como bebida industrializada, ela ainda é encontrada no interior do Sudeste.
Guaraná Jesus – Não, ele não tem esse nome devido ao seu sabor divino. O Jesus, no caso, vem do nome de seu inventor: o farmacêutico Jesus Norberto Gomes. Em 1920, Norberto tentava criar um remédio quando acidentalmente se deparou com a fórmula do xarope cor de rosa com sabor de cravo e canela. Hoje, o Guaraná Jesus é um símbolo do Maranhão.
Tubaína – Atualmente o termo serve para designar qualquer refrigerante regional fabricado em pequena escala (por esse ponto de vista, a gengibirra seria uma tubaína), mas originalmente ela denominava os refrigerantes fabricados no interior de São Paulo. A primeira tubaína foi criada pelo italiano Pedro Pattini na cidade de Jundiaí e se chamava Turbaina. Com o tempo o termo foi se popularizando e dezenas de refrigerantes acabaram adotando o sufixo “baina”. Ainda hoje é possível encontrar várias marcas espalhadas pelo Estado.