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Home  /  Bota outra  /  Grandes Bebedores: Truman Capote
16 setembro 2014

Grandes Bebedores: Truman Capote

Escrito por José Edward Janczukowicz
Bota outra Bebida, drink, grandes bebedores, vodka Comentários estão off

“Nesta profissão é longa a caminhada entre as bebidas.”

Ao lado de grandes expoentes do jornalismo norte-americano, como Tom Wolf, Gay Talese e Norman Mailer, o nosso homenageado, Truman Capote, ajudou a criar um estilo de informação denominado “new Journalism”.

Pode ser classificado como romance de não ficção. Misturava a narrativa jornalística com a literária.

O grande livro de Truman Capote no estilo new journalism é “A Sangue Frio”, sua obra mais popular, mais vendida e que marcou efetivamente sua vida e carreira. Para o bem e para o mau!

Praticamente um autodidata – sabia ler antes de ter frequentado qualquer escola – Capote começou escrevendo muito cedo. Nasceu em New Orleans, filho da família pobre e que misturava uma tragédia comum à região: a mãe era alcoólatra e o pai e ela se separaram quando Capote tinha apenas quatro anos.

Capote não se deixou abater nunca. Muito cedo escrevia ferozmente. Contos seus foram publicados em várias revistas. Até que surgiu o seu primeiro grande sucesso como escritor, que tornou seu nome conhecido na América, ainda seguindo um estilo tradicional: “Breakfast at Tiffany’s (1958)”, “Bonequinha de Luxo”, filmado por Blake Edwards e tendo como protagonista a doce Audrey Hepburn.

Um biógrafo escreveu que o mundo de Capote era composto de fofocas, socialites e bebidas. Quando a fama chegou, Capote passou a escrever com mais vontade. Agora todas as revistas queriam suas matérias. A principal com a qual colaborou foi a até hoje prestigiada “New” Yorker”.

A parte de fofocas, Capote supria em noitadas de casas noturnas frequentadas por socialites. Regularmente estava acompanhado de sua amiga, a escritora Nelle Harper Lee. Ela e Capote tinham a mesma língua ferina e não poupavam ninguém. Em público, Capote preferia seu coquetel favorito que ele apelidou de .“meu suco laranja”, que continha suco de laranja, bela dose de vodca e meia rodela de laranja! Em lugares mais reservados, ou quando só, Capote não dispensava aquela que era realmente a sua bebida predileta: o uísque e de marca específica: o JB.

Capote era homossexual, condição que nunca esconde de ninguém e lutou pela causa sempre que pode. Teve um relacionamento de 25 anos com o escritor Jack Dunphy. Contam línguas também ferinas que o irreverente Capote o traiu algumas vezes, entre um JB e outro, entre uma cama e outra.

Sempre ao acordar, Capote lia os jornais buscando inspiração. Neste dia, nada de importante. Zapeando por páginas de cotidiano e policiais, viu uma notícia que chamou sua atenção. Em 15 de novembro de 1959, quatro membros de uma respeitada família da pequena cidade de Holcomb, oeste do Kansas, foram assassinados, de forma extremamente violenta. Motivos nenhum aparente. A família não resistiu de forma alguma. E os assassinos levaram apenas um rádio da marca Zenith, um par de binóculos e 40 dólares.

Cidade pequena, não foi difícil a polícia localizar e prender os culpados: , Richard Hickock e Perry Smith. Foram julgados e condenados a morte.

O tema fugia totalmente ao clima alta sociedade que Capote curtia. Mas um insite fez com que ligasse ao seu editor do New Yorker e o convenceu de que ia escrever um livro reportagem como nunca antes havia escrito. Conseguiu a permissão.

Capote chegou um mês depois da prisão de Richard Hickock e Perry Smith na pequena Holcomb, acompanhado de sua amiga Nelle Harper Lee. Quebrou muitos tabus na cidade até conseguir uma série de entrevistas exclusivas com os assassinos. Queria obter – e obteve – todas as informações que cercavam o caso. Obteve. Conclusões não tirou nenhuma específica.

Em Richard Hickock, o psicopata, Capote encontrou um informante voraz, para o qual era impossível dar crédito total. Perry Smith, de início, era o mais retraído e desconfiado. Paulatinamente, Capote foi ganhando a sua confiança. E mais: pintou um clima entre os dois. Contam que pintou mais do que um clima e os dois se apaixonaram.

Essa peregrinação pelo corredor da morte, assistir ao enforcamento dos assassinos resultou num trabalho que Capote levou seis anos para terminar.

O projeto foi publicado em cinco capítulo no New Yorker. A última edição bateu todos os recordes de vendas da publicação. Em janeiro de 1966 veio o livro, vendeu magnificamente bem em todo o mundo. Tornou Capote definitivamente como um escritor consagrado. E trouxe mais de dois milhões de dólares em direitos autorais.

Finalmente, Capote estava vivendo a vida que pediu a Deus. Gostava de dizer que tinha muito dinheiro. Ele se cercou de luxo. Tinha três mansões: uma em Nova York, outra em Long Island e mais uma na Suíça. Soube se dar uma vida de prazer. O consumo de álcool o levou a ter muitos problemas pessoais, além de outros com a polícia, que o deteve várias vezes por dirigir bêbado.

Até o seu falecimento em 25 de agosto de 1984, Capote numa mais escreveu um livro. Deixou o inacabado Answered prayers , publicado postumamente em 1987. Outro mistério.

Alguns críticos creditam o período de estiagem criativa ao efeito “A Sangue Frio”. Por mais ferino que tenha sido o homem e o personagem Truman Capote, ao dar de cara com uma inexplicável realidade chamada América, teve critérios e sua fé e sua verdade abalados. É uma opinião.

Famoso e milionário, Truman Capote nunca saiu da mídia. Frequentemente estava nas capas de revistas, na televisão. E chegou a participar de alguns filmes para a telona. Vale a pena ver “Assassinato por Morte”, de 1976, dirigido por Robert Moore. Se você ainda não viu, veja, mesmo que seja apenas pelo poucos minutos em que Truman Capote aparece em cena.

O trabalho de Truman Capote para concretizar o livro “A Sangue Frio” foi contado em dois filmes recentes. “Capote”, de 2005, dirigido por Bennett Miller com Philip Seymour Hoffman – que lhe deu o Oscar de Melhor Ator. E “Confidencial”, de 2006, dirigido por Douglas McGrath, com Toby Jones no papel de Capote. As bebedeiras de Truman Capote renderam até comentários curiosos de outros craques bebedores. Foi o caso de Humphrey Bogart. Quando Capote escrevia o roteiro para “O Diabo Riu por Último”, Hunphrey conta que ele se hospedou no hotel Palumbo, em Ravello, sem eletricidade, sem aquecimento. Vivia “semibêbado o dia inteiro e completamente bêbado a noite inteira”.

Até na hora de sua morte, Capote ainda mostrou a força de sua ironia. Não era segredo para ninguém que há muito tempo ele consumia álcool e drogas. Ele criou até um “cocktail Capote”, o nome da mistura de álcool e barbitúricos que inventou.

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José Edward Janczukowicz

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