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Home  /  Bota outra  /  A História das Bebidas: Grogue
30 outubro 2014

A História das Bebidas: Grogue

Escrito por José Edward Janczukowicz
Bota outra Grog, Grogue, história das bebidas Comentários estão off

Outra bebida não comum na mesa e bares  dos brasileiros. Se você beber sem moderação, ela vai te deixar grogue. Ou será grog?

 

O grogue, também conhecido por Grog,  é tradicionalmente uma bebida alcoólica quente feita à base de rum, água e açúcar. O almirante inglês Edward Vernon,  apelidado de Old Grog (daqui a denominação da bebida), tornou-se célebre, em 1740, ao mandar os marinheiros aumentar a ração de rum adicionando água, mas mantendo a ração de rum dos oficiais sem nenhuma mistura.

As principais ilhas produtoras do grogue são Santo Antão (responsável por maior quantidade e melhor qualidade), Santiago e São Nicolau, todas em Cabo Verde.

A produção de grogue (aguardente) inicia-se, óbvio,  na plantação da cana-de-açúcar. Ela precisa ser cuidada por um período de um ano.

Um pé de cana-de-açúcar, daqueles bem poderosos, pode fornecer até seis litros de caldo.

Uma curiosidade. Em Cabo Verde toda a cana é cortada pelos trabalhadores com um machado. Não se utilizam de nenhum tipo de máquina ou outro objeto para esta tarefa.

Sua produção é artesanal e praticamente toda a cana cultivada no país é processada nos tradicionais trapiches movidos a boi.

Trapiche é a máquina onde o suco (caldo) é tirado da cana-de-açúcar através de dois bois que andam a volta do trapiche para fazer a máquina rodar.

Posteriormente, o suco é guardado em grandes barris de madeira durante 12-15 dias para ficar bem fermentada. Usa-se a fermentação aberta – a bactéria no ar ajuda no processo. O açúcar é transformado em álcool – e numa fermentação perfeita todo o açúcar resulta em álcool.

Depois de fermentado, o suco vai para o destilador – chama-se alambique. É um caldeirão feito de metal, e é como um forno no chão. O alambique aquece e o suco começa a ferver. Em 78°C Etanol, é exatamente o álcool que queremos. O caldeirão é ligado a um tubo, onde é colocado água. O álcool evaporado condensa-se e transforma-se no grogue que bebemos.

Na ilha de Santo Antão existe uma regra de ouro: só se pode destilar entre 1 de Janeiro e 31 de Julho de cada ano. Depois desta data os destiladores são todos selados e nenhum recipiente é contado. Se alguém for apanhado produzindo fora deste período, corre o risco de ser multado. Desta forma o governo busca garantir o nível de qualidade da bebida.

Mas beber o grogue puro é para poucos! Sua graduação alcoólica gira em torno de 38 a 54%.

Tem gente que diz que ele “desce rasgando” e por isso é muito comum que ele seja misturado ao mel, virando o famoso ponche. A mescla também pode ser feita com as mais variadas frutas!

No groque podem também ser mergulhadas ervas medicinais, como por exemplo a arruda, o alecrim e a erva-doce. Existe também grogue com percebes, um crustáceo muito apreciado como alimento na Península Ibérica.

Visitando alguns locais turísticos é possível encontrar caipirinha preparada com grogue.

Em Cabo Verde é feita uma bebida à base de grogue denominada pontche, que inclui limão e açúcar, semelhante à poncha da Ilha da Madeira.

Existem receitas de grogues com outros destilados, como brandy e uísque. Se levar leite e ovos passa a se chamar Eggnog, tradicional bebida natalina europeia com rum ou vinho fortificado do Porto.

O grogue originário de Cabo Verde não é facilmente encontrado em casas de bebidas, mesmo as que trabalham com produtos importados. Se quiser saborear esta maravilha típica dos povos de língua portuguesa, você vai ter que fazer o pedido e esperar sua vinda do exterior. Ou então fazer a solicitação via internet.

Esperar um pouquinho, tomar com moderação ou você vai ficar muito grogue. Ou será grog?

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José Edward Janczukowicz

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