
Semana passada utilizei este espaço para comentar sobre alguns dos principais benefícios do consumo moderado de cerveja à saúde. Os comentários na nossa página oficial do facebook expressaram certo alívio, estaríamos todos enfim “libertos” dessa culpa de tomar vez ou outra uma cervejinha?
Tamanha foi a minha surpresa ao receber respostas do público feminino proclamando justiça, algumas indignadas. Em linhas gerais, os comentários diziam – com a devida margem de erro para mais ou para menos: “poxa! Até nisso [beber cerveja] podemos menos que os homens?”. Eu digo calma meninas (e mulheres e senhoras)!
A princípio, no quesito saúde, vocês já saem ganhando. De acordo com os dados do IBGE, a mulher brasileira tem uma expectativa de vida quase oito anos mais alta que o homem (eles com 71, elas com mais de 78 anos). Estamos falando aqui de 2920 chopps que uma brasileira comum poderá beber a mais do que um brasileiro comum, e ainda por cima sem ouvi-lo reclamando ao seu lado.
E como estas quase três mil doses de cervejas podem ajudar na saúde feminina? Segundo o Journal of The Science of Food and Agriculture (Diário da Ciência Alimentar e Agricultura) publicado nos Estados Unidos em 2010, a cerveja tem uma dieta rica em silício, um componente-chave para desenvolvimento e fortalecimento ósseo. Para além disso e no caso específico do sexo feminino, mulheres que beberam de três a cinco doses de cerveja semanais, apresentaram uma redução de 31% no risco de desenvolver artrite reumatóide em comparação àquelas abstêmias.
Às senhoras, uma derradeira para brindarmos o começo da semana de bom-humor: os efeitos de um chopp diário em mulheres maduras demonstram que estas que bebem moderadamente possuem menor probabilidade de apresentar declínio nas atividades mentais e de memória.
(Com informações da HealthDay, NewsHealth, The New England Journal of Medicine, Journal of The Science of Food and Agriculture e Health.com, Revista Artrite e Reumatóide volume 66, apresentado no 75º Congresso Anual do American College of Rheumatology)