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Home  /  Bota outra  /  Grandes Bebedores: Zeca Pagodinho
04 novembro 2014

Grandes Bebedores: Zeca Pagodinho

Escrito por José Edward Janczukowicz
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“Eu não sou um pau d’água, eu sou um bebedor de cerveja. Gelada, por favor. E copo limpo.”

 

Zeca Pagodinho, batizado Jessé Gomes da Silva Filho, nasceu no Irajá em 4 de fevereiro de 1959 e foi criado em Del Castilho.

Filho de Seu Jessé e Dona Irinéa, quarto de uma família de cinco crianças, desde cedo já trocava as aulas por uma boa roda-de-samba. Por isso, depois da quarta-série, não quis mais saber de escola.

Nos anos 70, o partido-alto começa a se tornar uma febre nos subúrbios do Rio. E entre um samba e outro, Zeca se virava como podia. Feirante, camelô, office-boy, contínuo e anotador de jogo do bicho. Fez de tudo. Desta época, surgiram amizades valorosas como Sérvula, Dorina, Paulão Sete Cordas, Monarco, Mauro Diniz, Almir Guineto, Bira Presidente, Beto Sem Braço e Arlindo Cruz. Frequentava também as rodas do Cacique de Ramos.

No inicio dos anos 80, Pagodinho começa a se estabelecer como um versador de respeito. Em parceria com o flautista e partideiro Cláudio Camunguelo, teve sua primeira música gravada: “Amargura”. A faixa entrou no repertório do segundo disco do grupo Fundo de Quintal, fundado em 1977 e originário do Cacique de Ramos. A aproximação com o grupo acabou levando Zeca Pagodinho para perto de Beth Carvalho. Foi ela quem gravou seu primeiro sucesso: “Camarão que Dorme a Onda Leva”, que ganhou até clipe no Fantástico. A madrinha ainda gravou “Jiló com Pimenta” (Arlindo Cruz e Zeca). Depois foi a vez de Alcione registrar “Mutirão do Amor” (Zeca, Sombrinha e Jorge Aragão) no LP “Almas e Corações”, de 1983.

O primeiro elepê de Zeca foi Camarão que Dorme a Onda leva, de 1983. Até 2013, foram 23 trabalhos que transformaram este filho dileto de Xerém em um dos maiores cantores de samba  do Brasil.

Zeca tem estilo. Único. Está sempre de bem com a vida e muito ligado às pessoas de sua comunidade. Em entrevista a revista Veja vaticinou: “ De onde eu venho, a palavra de um homem vale muito mais do que um papel assinado. É por causa disto que eu não saio do subúrbio e de Xerém”.

Esta entrevista fez parte uma época em que o grande Zeca Pagodinho foi, segundo ele, “engabelado” para fazer um comercial de cerveja para uma marca que nunca gostou. Todos sabem a cerveja preferida dele. Zeca garante que nunca experimentou a tal cerveja concorrente, nem na hora de gravar o tal do comercial. Águas passadas.

Bem como ligado ao seu lado familiar. É casado com Mônica Silva com quem tem quatro filhos: Eduardo, Louis, Elisa e Maria Eduarda e dois netos: Catarina e Noah.

Extremamente querido pela comunidade musical, Zeca tem em Arlindo Cruz e sua madrinha Beth Carvalho as principais referências de sua carreira. Mas vive somando amigos com facilidade: Martinho da Vila, o saudoso Jair Rodrigues, Claudia Leite, Ivete Sangalo, Xande de Pilares,  Nando Reis, Erasmo Carlos e Gilberto Gil, Sombrinha, Zé Roberto,Toninho Geraes, Almir Guineto, Serginho Meriti, Dudu Nobre, Jorge Aragão, Monarco, Mauro Diniz e Juliana Diniz.

E até amigos menos famosos que considera com a mesma intensidade. Como é o caso do mendigo Coral. Sempre que se encontravam, Zeca “parava o mundo”  para tomar umas com o amigo. A quem até pagava um hotel popular para dormir no Rio.

Outra parceria apreciada por Zeca Pagodinho é a sua fama de bom bebedor, onde não regateava bebidas, mas preferia – na maioria das vezes – a loura gelada.

Tanto no dia a dia como em suas músicas, Zeca nunca relegou esta paixão, por entender que era um bom bebedor e por entender que o fazia por prazer na companhia de seus parceiros de vida.

Quando perguntado se exagerava na dose, Zeca prontamente respondeu a um repórter: “Eu não sou um pau d’água, eu sou um bebedor de cerveja. Gelada, por favor. E copo limpo.”

Uma dezena de frases antológicas selam a parceria Zeca Pagodinho e cerveja.

Vamos relembrar algumas.

“A cerveja e a cachaça são os piores inimigos do homem. Mas o homem que foge dos seus inimigos é um covarde.”

“Se eu quiser fumar eu fumo, se eu quiser beber eu bebo, pago tudo que consumo com suor do meu emprego.”

“Tenho evitado beber antes do show durante o dia. Mas uma hora antes do show, começo a beber minha cervejinha pro outro Zeca incorporar. Senão, fico o homem de casa, melancólico. No palco, tem que vir aquele Zeca alopradaço”.

Em 2013, numa entrevista para a revista Isto É!

Repórter: No show, um assistente troca a cerveja do sr. a toda hora…

Zeca Pagodinho: Ele que não troque… Eu vou beber coisa quente? Eu não. Santo é que bebe bebida quente.

Repórter: O sr. também bebe vinho durante o show?

Zeca Pagodinho: Quando a garganta começa a arranhar, por causa do gelado da cerveja. Fico com medo de ficar rouco. E ali, como tem muita luz quente, se você fica bebendo e cantando, pode perder a voz.

Repórter: O sr. dirige automóvel?

Zeca Pagodinho: Nem a minha vida eu dirijo. Só ando de táxi e, se tiver engarrafamento, eu desço, entro no primeiro botequim que vejo, ligo para casa e digo: “Olha, vou ficar aqui bebendo até acabar esse nhem-nhem-nhem…”

Mesmo que não queira, o comportamento e relacionamento com os amigos faz dele aquele cara que todos gostam. Como não receber com um sorriso no rosto a chegada deste grande astro da música popular brasileira, que é uma das poucas unanimidades do país? Alguma vez você já viu o Zeca Pagodinho de mau humor?

Vou terminar refletindo sobre a música de  Zeca Pagodinho que eu mais gosto e considero emblemática, quase um testamento:  “Deixa a Vida me Levar”.

A canção, de autoria de Serginho Meriti e Eri do Cais, é um marco na carreira de Zeca Pagodinho. Quando foi lançado em 2002, Zeca não imaginava que o samba ganharia toda a projeção que tem hoje. A canção virou hino dos brasileiros, e não só isso: virou também arremate de reza, conforme contam os autores Jane Barboza e Leonardo Bruno na biografia “ZECA – Deixa o Samba me Levar”.

Para o jornalista Chico Pinheiro o samba que dá nome ao décimo quinto disco de Zeca é um “samba em feitio de oração”. Ele conta seu ritual diário para colocar os filhos para dormir. Após rezar um pai-nosso e uma ave-maria, pede para as crianças repetirem o refrão:

“ Deixa a vida me levar (vida leva eu!), Deixa a vida me levar (vida leva eu!), Deixa a vida me levar (vida leva eu!), Sou feliz e agradeço, Por tudo que Deus me deu!”

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José Edward Janczukowicz

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