O que Frank Sinatra,Freddie Mercury,Lady Gaga e Zeca Pagodinho têm em comum? Além de serem os quatro talentosos musicistas, são também apreciadores do copo. Mera coincidência apenas, se não fosse por um estudo publicado em 2012 pela Universidade de Illinois, Estados Unidos, no qual sugere que pessoas que bebem são mais criativas.
Conduzido por Andrew Jarosz e sua equipe, foram chamados 40 jovens masculinos de 21 a 30 anos e, a pedido da pesquisa, que não consumissem álcool, drogas e cafeína nas 24 horas anteriores ao experimento. À metade dos participantes, foram-lhe oferecidas bebidas alcoólicas equivalentes a três latinhas de cerveja. À outra metade, nenhuma bebida alcoólica. Em seguida, uma série de testes de lógica foi apresentada para que todos os participantes resolvessem. De acordo com os resultados, aqueles que beberam apresentaram melhor performance comparado àqueles que não beberam: 58% total de acerto dos inebriados frente a 42% dos abstêmios.
Segundo os condutores da pesquisa, isto ocorre porque a “bebedeira” facilita o pensamento divergente e difuso, o que é útil para a resolução de tarefas de maneira não costumeira. Nas palavras de Andrew Jarosz: “apesar de ser apenas o primeiro passo, esta pesquisa representa a primeira demonstração empírica dos efeitos do álcool na resolução criativa de problemas”. Para a coautora do estudo, Jenny Wiley, a grande descoberta reside no fato que “(…) estar muito focado pode impedi-lo de enxergar novas possibilidades, enquanto um estado de atenção mais difuso e flexível pode ser aquilo que você precisa para gerar soluções criativas”.
Mas atenção! Ainda de acordo com Jenny Wiley, o estudo foi feito com pessoas que beberam moderadamente e que se encontravam “alegrinhos”. Nas palavras da coautora, não há argumentos para que os resultados obtidos sejam os mesmos com aqueles que beberam excessivamente.
(Com informações de Science Direct, Business Insider e British Psychological)