Ele é considerado um dos maiores escritores americanos do século XX.
Recebeu o Nobel de Literatura em 1949 e o cobiçado prêmio Pulitzer em 1955, por “Uma Fábula”. E um segundo, em 1962, por “Os Desgarrados”, seu último trabalho.
William Cuthbert Faulkner nasceu em New Albany, Ohio, EUA, em 25 de setembro de 1897 e faleceu de problemas cardíacos em julho de 1962.
Filho de família importante do Sul – que perdeu a Guerra de Secessão para o Norte em 1861 – Faulkner sempre retratou em sua obra riquíssima a decadência do Sul.
Curiosamente, William Faulkner não contou esta decadência como uma derrota. Ao contrário, buscou dar dignidade aos personagens que faziam parte de um Sul destroçado, agora povoado por “brancos pobres”. A volta às raízes na obra deste escritor tinham um sentido de ainda manter acesa a chama de um Sul altivo, lutador e heroico.
Para diminuir o impacto do sofrimento de seus personagens, ele os assentou no mítico Condado de Yoknapatawpha.
Seu pai, comerciante, e seu avô banqueiro, são retratados em dois romances: “Sartoris” (1929) e “Os Desgarrados” (1962).
Não foi à toa que William Faulkner era visto como um dos melhores escritores de sua geração. Ele trabalhava sua narrativa dentro de um estilo que era o “fluxo de consciência”, consagrado por outros gênios como James Joyce, Virgínia Woolf, Marcel Proust e Thomas Mann.
Como todo intelectual que viveu em período de passagem de séculos, do XIX para XX, William Faulkner também se dedicou a alguns arroubos sociais. Mas… Por medir somente um metro e sessenta centímetros de altura, foi recusado pelo serviço militar americano. Sem desistir, se alistou na Força Aérea Canadense, onde pensou que poderia enfrentar os nazistas na primeira Grande Guerra. O que não aconteceu.
Em 1926, publica seu primeiro romance, “Paga de Soldado”. Alguns anos depois, em 1929, vem o seu primeiro e único casamento, com Estela Oldham e um dos seus melhores romances: “Sartoris”, a primeira aparição do Condado de Yoknapatawpha.
Outros e consagrados livros vieram: “O Som e a Fúria” e “Palmeiras Selvagens” (1939).
Inquieto, Faulkner dividia o seu tempo também com Hollywood, principalmente quando precisava de dinheiro. Trabalhou em vários projetos do diretor Howard Hawks. Como todo escritor de talento, não gostava de escrever para cinema, mas a necessidade fez dele um profissional competente.
Alguns filmes que roteirizou: “Uma Aventura na Martinica” e “À Beira do Abismo”, para o diretor Howard Hawks.Vários filmes foram realizados baseados em suas obras: “Levada à Força”, 1933, baseada no livro Santuário; “O Mundo não Perdoa”, 1949, baseado no livro O Intruso; “O Mercador de Almas”, baseado em “A Aldeia” e “Os Rebeldes”, 1969, baseado em “Os Desgarrados”.
Ao todo, escreveu 21 livros. E uma dezena de textos curtos e poemas.
William Faulkner passa a fazer parte do nosso nobre rol de grandes bebedores por sua declarada paixão por uísque. O escritor costumava dizer: “Eu normalmente escrevo à noite, e por isso mantenho o uísque por perto”.
Claro que Faulkner faz parte de um grupo de bebedores elegantes, inteligentes, que sabem o valor da bebida como complemento da arte de viver bem.
Seu drinque preferido era o Mint Julep. Cuja receita é:
- 60 ml de uísque bourbon
- 4 raminhos de hortelã
- 1 colher de chá de açúcar
- 2 colheres de chá de água
Suavemente amasse a hortelã, o açúcar e a água. Complete o copo com gelo picado, adicione o Bourbon e mexa bem até o copo ficar gelado. Enfeite com um ramo de hortelã.