O pato vinha cantando alegremente quando João Gilberto entrou na dança e resolveu fazer a MPB. O ano era 1958 e “o disco que mudou tudo” se chamava Canção do Amor Demais. Com músicas de ninguém menos que Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Elizeth Cardoso, a pedra fundamental da doce melodia sotero-carioca foi cravada, concretada e alicerceada nos anos seguintes com Chega de Saudade, Desafinado, O pato (1960) e Saudade da Bahia (1961).
Inovar não basta, revolucionar é preciso.
Já no começo dos anos 1960, João Gilberto havia alcançado um séquito de fãs profundamente influenciados por sua nova batida, a bossa nova. Alguns deles: Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Jorge Ben, Milton Nascimento, Tom Zé, entre (muitos) outros, entraram na dança (e na viola) contribuindo para um momento expressivamente rico na cultura popular da música nacional.
E a audiência sobe.
O legado desses encontros nas orlas do Rio de Janeiro e Salvador adentraram – igualmente de forma rápida – o interior do Brasil. Grupos paulistas, sob vozes de Arnaldo Baptista e Rita Lee, aliados à incorporação norte-americana da guitarra elétrica, absorveram a calmaria da MPB e a reinventaram em letras e composições psicodélicas. Enquanto isso, os filhos baianos do banquinho e violão, com a Tropicália, cresciam como um primogênito rebelde que cuspia fogo sobre a já quente realidade brasileira do final dos anos 1960. Era o auge da canção, como diria o próprio nome dos grandes festivais de música da TV Record e TV Globo.
Um pouco antes desta reviravolta toda na MPB, João Gilberto já havia conquistado (e consagrado) seu espaço no Brasil. Decide então, em 1962, levar a MPB ao solo norte-americano. Destaque ao lado de Tom Jobim, o famoso Carnegie Hall em Nova York fica lotado diante a maravilha tropical que estaria por vir. A bossa nova, quem diria, traria profundos legados à música de um país cuja ordem natural era influenciar o restante do mundo, não o contrário.
Mas voltando ao pato…
Além de deixar marcas profundas na produção musical brasileira, João Gilberto e a bossa nova criaram uma espécie de estética própria, cuja música apenas ajudou a eternizar este sentimento do sereno, o pôr-do-sol na praia e o clima a dois. Faça esta experiência: luz baixa, Wave na vitrola e uma boa comida. Infalível como um maravilhoso show de 1962, no Au Bon Gourmet em Copacabana.
Pato na Cerveja
Ingredientes:
- 2 cebolas
- 200g de tomate
- 2 cabeças de alho
- 1 colher (sopa) de salsa picada
- 1 colher (chá) de pimenta vermelha
- Sal a gosto
- 1 lata de cerveja
- 1 pato limpo
- Margarina para untar
Modo de preparo:
- Pique a cebola, o tomate e o alho.
- Misture os ingredientes restantes.
- Tempere o pato neste molho e deixe tomar gosto de um dia para o outro.
- Coloque o pato numa assadeira untada com margarina e leve ao forno.
- Cubra com papel aluminio e asse por 20 minutos.
- Retire o papel e deixe a carne dourar.
- Sirva em seguida.
Rendimento: 8 porções
Fonte: Comida e Receitas – http://www.comidaereceitas.com.br/aves/pato-na-cerveja.html#ixzz3dEqGMb9M