Põe a meia, a ceroula, a calça, a camiseta, a camisa de lã, o cachecol, o casaco, a luva, o capuz, um pouco de força e muita boa-vontade para sair neste frio e façamos uma viagem, juntinhos, eu e você. Vamos atravessar a linha do Equador rumo ao norte, cruzando o Oceano Atlântico, passando primeiro pelo arquipélado de Fernando de Noronha, depois a Ilha da Madeira e por fim a terra firme, sobre terras lusitanas, do outro lado do mar. Aqui, cruzamos a Espanha e seus lindos montes nevados, na fronteira com a França, até chegarmos no coração da Suíça, mais precisamente em Zurique, capital alemã do pequeno país europeu. Engana-se quem pensa que esta é apenas uma viagem geográfica. Nela, também percorremos décadas, anos, alguns séculos para trás, onde finalmente pousamos o nosso tapete voador no século 18, em segurança.
Com o nosso kit de viajante do futuro, vestimos a capa de invisibilidade e adentramos a cidadela abaixo. Sorrateiramente, abrimos a porta de um estabelecimento comercial que parece ser um bar/restaurante típico daquele tempo para conhecermos seus frequentadores: homens e mulheres entornando canecões de cerveja dourada, enquanto outros comem uma espécie de massa de queijo, cujo pão serve de complemento. Um pouco mais à frente, entramos na cozinha e observamos lentamente a cozinheira preparando um caldeirão da mesma mistura amarela. Sobre a mesa, um livro no qual damos uma espiada rápida. Nele está escrito: “Käss mit Wein zu kochen”. Tiramos do kit o nosso tradutor instantâneo e ele nos aponta a versão em português, segundo ele: “como cozinhar queijo com vinho”.
A porta se abre violentamente e um vento quase remove a nossa capa de invisibilidade. Foi por um triz! Resolvemos então regressar ao nosso tapete voador, de volta para o futuro. Antes, um pit-stop nos Alpes, na parte francesa da Suíça, lá nos anos 1960. Em pleno inverno, descobrimos que muitas pessoas ainda comem a tal da mistura amarela, considerada “comida de homem”. Quando perguntado o motivo do porquê ser um alimento “de homem”, uma mulher da região nos informa que este queijo fundido era uma receita tipicamente feita pelos soldados suíços durante a Segunda Guerra Mundial, hoje um prato nacional daquele país.
Já esgotados e com frio, nós decidimos voltar para casa – não sem antes anotar esta deliciosa receita, claro. De acordo com a moça do passado, existe uma outra variação igualmente muito interessante. Ela nos contou que, ao invés do vinho, utiliza-se cerveja… uma verdadeira bênção para este frio congelante.
Fondue de Queijo com Cerveja
Ingredientes:
- 2 colheres (sopa) de amído de milho
- 350 ml de cerveja preta
- 2 colheres (sopa) de creme de leite
- 400 gramas de queijo suíço Ementhal
- 100 gramas de queijo mussarela
Modo de preparo:
Coloque em uma panela a cerveja preta. Acrescente o amido de milho e mexa bem para dissolver. Ligue o fogo em temperatura média e mexa por 4 a 5 minutos até engrossar. Desligue e reserve. Rale o queijo e coloque na mistura da cerveja. Ligue o fogo novamente e misture bem até o queijo derreter por completo. Desligue. Dica: Retire as laterais (cera) do queijo antes de ralar. Ele serve como proteção. Coloque o creme de leite para dar mais cremosidade.
Fonte da receita: http://www.redetv.uol.com.br/receitatododia