“Talvez eu ande bebendo vodka mais do que deveria. Acredito que o álcool é a única droga que eu faça proveito, tirando o café, que é o meu único vício. Onde eu cresci, muita gente utilizava drogas, fumava maconha, e eu acabei tendo repulsa por qualquer uma dessas coisas.”
Senhoras e senhores, o convidado do nosso post é Mike Patton, o vocalista da banda Faith No More, na estrada desde 1985.
Dono de uma voz poderosa, que os fãs preferem classificar como o cantor das mil vozes, Patton é também vocalista de outras bandas como Mr. Bungle, Tomahawk, Lovage, Fantômas, The Dillinger Escape Plan, Peeping Tom – num vai e vem onde retoma contato com a sua preferida, o Faith No More, como aconteceu no último Rock in Rio, em 2015, rompendo um hiato de dez anos.
Irreverência, provocação, anarquia e uma língua sempre muito solta e pouco prudente marcam a personalidade de Mike Patton. Ele é daquele tipo que prefere perder o amigo do que a piada.
Um dos seus desafetos de carteirinha é o vocalista Axl Rose.
Questionado no programa “The Noite”, apresentado por Danilo Gentili, sobre as frequentes “provocações” ao líder do Guns N’ Roses, Mike Patton preferiu desconversar. No entanto, falou com bastante desenvoltura sobre a sua grande paixão pela nossa caipirinha.
Nascido Michael Allan Patton, em 27 de janeiro de 1968, na Califórnia, é um dos músicos mais importantes da cena do rock, surfando em vários subestilos, sempre buscando novos desafios. Suas músicas já incorporaram o rock alternativo, música experimental, hip hop, pop, metal avant-garde e metal alternativo.
Inquieto por natureza, sempre defendeu uma proposta meio anarquista. Em frente às câmaras é sempre uma surpresa: o que será que ele vai aprontar? Amigos muito próximos, no entanto, apontam Patton como gentil e um grande camarada, um formador de opiniões.
Por falar em aprontar, ele não fez diferente em sua participação no Rock in Rio 2015. A banda preparou um palco cheio de flores e ainda desfilou um figurino todo branco. Durante a música Caffeine, o vocalista fez um “mosh”, ao se jogar do palco na plateia – mas não conseguiu impulso suficiente para cair nos braços dos seus fãs e foi direto parar na grade.
Alguma apreensão do público e banda. Logo Patton aparece caminhando em direção ao palco, manca um pouco, mas retoma o show com um profissionalismo impecável, levantando o público.
Ao lado da caipirinha, outro drinque que está entre os seus preferidos é o Negroni.
E não é a primeira vez no Brasil, que Mike Patton declara sua paixão pela “branquinha”. Em 2013, quando esteve no Lollapalooza 2013,com a banda Tomahawk, ao ser perguntado se gostava de bebidas mais fracas, ele respondeu em bom português: Eu não, sou cachaceiro. Claro que a frase traz embutido muito de jogo de cena e a habitual provocação.
Como responde com ironia e sarcasmo quando perguntado sobre a sua relação com a bebida: “Não tenho nenhum problema com o álcool … a menos que haja um bar nas proximidades.”