Com a chegada do Horário de Verão, milhões de pessoas vão adiantar os relógios em uma hora. De outubro a fevereiro, os dias serão maiores. Bom período para fazer um pouco de economia de energia elétrica – estamos precisando.
Na prática, fora o ato patriótico, este meses sugerem: mais uma hora por dia para iniciar, ainda com sol, o happy hour. E o momento chama, obrigatoriamente, uma breja.
Saio com um grupo de amigos que resolvem trilhar o caminho das cervejas Lager que ainda não conhecemos. Querem saborear as diferenças entre as brejas do tipo American Macro Lager e as European Strong Lager.
Descobrimos, orientados pelo sommelier do local, que as American Macro Lager são cervejas leves, claras, gaseificadas. Não muito amargas, médio-baixo teor de álcool, pouco sabor ou aroma. De preço bem acessível, elas são produzidas em sua maioria com cevada, malte e lúpulo e usando muito milho e arroz.
Fomos apresentados à Molson Canadian, originalmente fabricada em Montreal, com graduação alcoólica de 5%. Em sua produção é usada água cristalina, lúpulo, malte de cevada canadense-grown. Resulta numa cerveja suave e refrescante.
Também conhecemos a Pabst Blue Ribbon. Com graduação alcoólica de 4,7%, deve ser apreciada numa temperatura de 0 a 4 graus. Foi a primeira do mundo a introduzir a cerveja em lata, no ano de 1935. É reconhecida pela sua embalagem, que porta uma fita azul característica.
Pedimos uma nova rodada. Desta vez, demos preferência às European Strong Lager.
A começar pela cor da breja, mais para o vermelho, logo percebemos que nada seria como antes.
As European Strong Lager são um tipo de cerveja que satisfaz o desejo de muitas cervejarias de ter em seu portfólio produtos mais fortes e alcoólicos. O resultado acontece do aumento da quantidade de malte, que reduz a presença do lúpulo no aroma e no sabor.
Uma breja de nome bem complicado, Woodcut No. 4: Oak Aged Lager, nos foi apresentada como um dos pilares do padrão European Strong Lager. Sua cor é avermelhada e a graduação alcoólica é de 10%. Traduzindo: moderação.
Logo nos primeiros goles, você percebe que ela foi envelhecida em um barril de madeira ou em contato com a madeira.
Ficamos sabendo pelo nosso amigo sommelier que na produção original outros segredos estão guardados a sete chaves, como o uso de barris de scotch, porto ou outros vinhos que podem ser usados na busca de um sabor especial e único.
Outra cerveja estilo European Strong Lager que conhecemos foi a IPB – Imperial Pilsner Brau. Aqui a graduação alcoólica é mais suave: apenas 6,5%. Tem cor palha ou dourada. No primeiro gole, a percepção de amargor de lúpulo é de médio a alta. Mas na medida em que você vai saboreando esta breja, será surpreendido por uma leve doçura, que resulta da presença de malte selecionado.
Mais duas cervejas deste estilo que você pode encontrar em bares especializados ou importar.
São filhas da Polônia. A Warka Jasne Pene, graduação alcoólica de 5,7%, que deve ser consumida a 7 graus.
Outra polaca que você deve experimentar: Zywiec Jasne Pelne, graduação alcoólica de 5,5% e cujo consumo é orientado para uma temperatura de 16 graus. Bem apropriada para o Horário de Verão.
José Edward Janczukowicz
Fontes:
http://www.cervejasdomundo.com/Lager.htm
http://beer.underthelabel.com/l/4029/IPB-Imperial-Pilsner-Brau-Gordon-Biersch-Brewing
http://beer.underthelabel.com/l/2744/Woodcut-No-4-Oak-Aged-Lager-Odell-Brewing-Company
http://www.molsoncoors.com/en/index