Edgar Allan Poe foi e sempre será um dos escritores mais populares do mundo.
Sua obra mescla de forma original o obscuro, o sóbrio ou o gótico.
Uma carreira contempla o poeta, o escritor, o romancista, crítico literário e editor.
Também ficou conhecido pelas polêmicas intermináveis com seus contemporâneos e grande defensor das causas perdidas.
Nasceu em Boston, Estados Unidos, no dia 19 de janeiro de 1809.
Estudou na Universidade de Virgínia, onde rapidamente se destacou no estudo da língua e da literatura.
Era inquieto e indisciplinado. Já nessa época passava a maior parte do tempo com mulheres e bebidas.
Hábito que sempre manteve, descobrindo os mistérios do gim e principalmente do coquetel que batizou como Sazerac, mistura de uísque com absinto.
Abandona a Universidade para se dedicar a sua obra. Como um anjo alucinado estava doido para parir seus demônios.
Edgar Allan Poe foi um dos primeiros escritores americanos a tentar sobreviver de sua arte.
Para muitos críticos, ele foi o criador do conto policial. Seus poemas tinham o dom de mergulhar na tristeza e dela tentar arrancar vida e beleza. Foi o mestre primeiro da literatura de horror.
Muitas de suas obras flertam com a temática do sofrimento causado pela morte. Ele acreditava que nada seria mais romântico que um poema sobre a morte de uma mulher bonita.
Este viés de sua obra como tantas outras tem um caráter com toques autobiográficos. Em 1836, ele se casa em segredo com sua prima Virgínia, de apenas 13 anos de idade.
A morte precoce de Virgínia dá vida a figuras femininas, seja como “amada morta” que é eternamente velada, seja como fantasmas, ou mulheres diabólicas.
Outros aspectos da obra de Poe também nascem de acontecimentos de sua infância e juventude. O pai abandonou a família e sua mãe faleceu quando ele ainda era criança. Foi adotado por um comerciante descendente de ciganos e vendedor de escravos e cadáveres.
“Algumas de suas obras a destacar: uma série de contos publicados em 1837, com o título “Histórias Extraordinárias”; os poemas “O Corvo” e “Annabel Lee”, “A Queda da Casa dos Usher” (1839), “Os Crimes da Rua Morgue” (1841); “O Gato Preto” (1843).
O grande escritor Jorge Luis Borges era um profundo admirador das obras de Poe. Sobre ele escreveu: “Percebe-se um homem de talento muito maior que suas obras revelam. Seu maior inimigo foi ele mesmo, com seu espírito sensível e irritadiço.”
Borges louva contos de inaudita invenção: “O Caso do Senhor Valdemar”; “O Poço e o Pêndulo”; “Manuscrito encontrado numa garrafa”; “Uma decida no Maestrom” e “O Homem na multidão”.