Lemmy Kilmister, vocalista e baixista da banda de heavy metal Motörhead, morreu em 28 de dezembro de 2015, aos 70 anos completados no último dia 24 desse mesmo mês. Segundo o perfil oficial da banda no Facebook, o músico inglês estava em casa com a família, em Los Angeles, e enfrentava uma “curta batalha contra um câncer agressivo”, descoberto no último dia 26.
“Nós vamos falar mais nos próximos dias, mas por enquanto, por favor, toque Motörhead alto, toque Hawkwind (banda anterior de Lemmy) alto, toque alto a música de Lemmy. Beba um drinque ou mais. Compartilhe histórias. Celebre a vida que esse homem amável e maravilhoso celebrou de modo tão vibrante. Era exatamente o que ele queria”.
Em sua página no Twitter, o genial Ozzy Osbourne, outro grande bebedor, escreveu: “Ele era um guerreiro e uma lenda. Eu o encontrarei no outro lado”.
Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, disse ao UOL que Lemmy se transformou num mito do rock e superou Jimi Hendrix. “Ele viveu a vida do rock n´roll e praticamente morreu no palco, fazendo turnê”
Estes depoimentos somente atestam a admiração que grandes ídolos do planeta rock n´roll tinham por Lemmy Kilmister, vocalista e baixista do Motörhead.
Lemmy nasceu Ian Fraiser Kilmister, em 24 de dezembro de 1945, em Burslem Staffordshire, Reino Unido.
Começou a tocar o baixo e se interessar pela música nos anos 1960. Em meados dos anos 1970 fundou o Bastards, mais tarde rebatizado para Motörhead – gíria americana usada para viciados em anfetaminas.
Sucesso interplanetário, o Motörhead lançou 22 álbuns e vendeu mais de 30 milhões de cópias.
O grupo teve várias formações, mas sempre com Lemmy à frente, facilmente identificado pelas costeletas e o inseparável chapéu preto. Além de um som fabricado por uma guitarra destruidora e a voz rouca e inconfundível de genial vocalista.
Lemmy Kilmister não fazia o tipo de músico de sucesso ostentação. Enquanto outros roqueiros curtiam seus jatos particulares, bebendo champanhe em algum hotel de luxo de Paris, Lemmy ficava “na sua”, num cantinho tomando o seu drinque predileto, o uísque Jack Daniel’s com Coca-Cola, e fazendo rock n´roll.
A partir dos anos 2000, alguns problemas de saúde fizeram o líder do Motörhead diminuir suas doses diárias, inclusive por orientação médica. Ele passou a curtir a sua segunda paixão. O vinho.
Quando perguntado se preferia o vinho tinto, respondia: “Eu prefiro o rosado. Mateus Rosé é um dos melhores.
Evidente que quando os problemas se agravaram, em 2013, ele teve que abandonar seus amados vícios, inclusive cortar o cigarro.
A paixão de Lemmy Kilmister pelo uísque Jack Daniel’s, que nasceu no estado do Tennessee em 1860, era tamanha que após a sua morte ele foi homenageado com um lote especial da bebida, com o seu nome.
Acondicionado em sofisticada embalagem, o Jack Daniel’s em homenagem a Lemmy Kilmister foi desenvolvido em barris especialmente selecionados. Foram produzidas 288 garrafas, a um custo para o público de 99 dólares, que foram adquiridas meteoricamente.