“Muitos dos meus amigos de bebedeira morreram com 40 anos – ataques cardíacos. Graças a Deus eu continuo. Devo ter uma estrela me guiando.”
A coluna Grandes Bebedores busca sempre homenagear pessoas que entendem que a bebida é para celebrar a vida e a alegria de viver.
Deve ser o sujeito principal que dá “sabor” a um encontro entre amigos, uma festa de casamento ou aniversário, a comemoração da vitória do seu time do coração ou um prosaico fim de expediente.
A palavra básica que Grandes Bebedores exalta e recomenda é: moderação. Beber com estilo, com o espírito de saborear gota a gota a bebida que dá “sabor” ao viver, superar, conquistar, o charme e a elegância.
Em alguns casos, não podemos nos furtar de homenagear Grandes Bebedores que encaram todos estes quesitos positivos da arte do beber, mas cometem excessos.
É o caso do homenageado neste post, o príncipe das trevas e um dos maiores ídolos do heavy metal, o líder da banda Black Sabbath, Ozzy Osbourne.
Na vida do Madman – como é também conhecido – a palavra que prevalece é excesso.
Não há como aliviar.
Bebeu de tudo e somou outros aditivos em sua vida movida pelas atitudes que sempre foram explosivas, polêmicas e em vários casos completamente inaceitáveis.
Ozzy Osbourne não é e nunca foi santo, apesar de que nos últimos anos ele tem mostrado uma face bem diferente do “Príncipe das Trevas” que sempre buscou ostentar em vida e carreira.
Ele nasceu John Michael Osbourne, dia 3 de novembro de 1948, em Aston, Birmingham, Reino Unido.
Montou a sua primeira banda com vinte anos de idade.
Fixou sua carreira e vida em 1969, quando juntou os amigos Tony Iommi (guitarra), Bill Ward (bateria) e Geeze Butler (baixo) dando certidão de nascimento a uma das maiores bandas do planeta: o Black Sabbath.
O sucesso reflete em números: em 11 álbuns de estúdio lançados, somando a venda de seus álbuns solo, Ozzy alcançou a marca de 100 milhões de cópias vendidas.
Ozzy Osbourne e o Black Sabbath sempre viveram entre tapas e beijo.
Reza a lenda – uma das muitas – que o nome Black Sabbath veio de um filme de terror que estava sendo exibido em Birmingham. “Se as pessoas pagam para ver isso…” Desde então vieram as músicas com a temática morte e satanismo pontuando o repertório.
Existem dezenas de lendas sobre Ozzy cometendo atrocidades no palco, como quando durante um show, o Madman pegou um morcego e cravou-lhe os dentes. Só que isso não é lenda. Como ele mesmo conta em sua autobiografia, a coisa aconteceu em janeiro de 1982 durante um show em Des Moines, Iowa. Ozzy diz que achou que o bicho era de plástico e mordeu porque achava que isso ia chocar o público. Quando viu sangue escorrendo pela boca, se deu conta que era um morcego de verdade. Tanto que depois disso ele precisou tomar umas doses de… vacina antirrábica!
A verdade é que Ozzy era também um esperto marqueteiro do grupo, que sabia como ninguém pintar com tintas fortes a fama do Black Sabbath.
Fato inegável é que a bebida e as drogas sempre foram companheiras do nosso homenageado. A sua bebida preferida era o conhaque Courvosier, criado no século 19 por Emmanuel Courvosier e tem 40% de graduação alcoólica. Curiosidade: este era o conhaque preferido de Napoleão Bonaparte!
Nesta festa sem fim, Ozzy passou por clínicas de reabilitação, mas teve a extrema felicidade de encontrar em Sharon Osbourne o seu anjo da guarda.
De empresária, Sharon assumiu o papel de esposa e teve com Ozzy três filhos. Foi ela que com mão de ferro passou a direcionar a vida e a carreira do Madman, e tecnicamente o afastou das drogas e bebidas, literalmente salvando a sua vida.
Ozzy, Sharon e filhos participaram do reality show “The Osbournes”, de março de 2002 a março de 2005. Este acabou sendo um dos programas mais bem sucedidos da MTV americana, chegando a ganhar um Emmy de Melhor Programa de Reality.
Sharon foi quem criou em 1996 o festival itinerante de hard rock e heavy metal, Ozzfest, depois que Ozzy foi “barrado” no Lollapalooza.
A última turnê do Black Sabbath, “The End”, começou nos Estados Unidos no dia 20 de janeiro de 2016 em Omaha, Nebraska e as apresentações vão até 21 de setembro, em Phoenix, Arizona. Com seus velhos parceiros: Tony Iommi e Geezer Butler, mas sem o baterista Bill Ward.
Por enquanto há datas previstas para shows na Austrália e Nova Zelândia. Novos shows serão anunciados brevemente. Vamos torcer para que o Brasil entre nesta lista!