É natural. Simplesmente optamos pela forma mais prazerosa de ingerir uma bebida em dia de muito calor e a única opção que nos parece ser viável é uma cerveja geladinha. Que me perdoem os sucos-verdes, as águas com gás ou o chá gelado: mas cerveja é fundamental. E digo mais: a História já provou que, além de fundamental, a cerveja também salvou muitas vidas por conta de suas propriedades particulares que só esta delícia possui.
Segundo o inglês Tom Standage, autor do livro História do Mundo em 6 Copos, a cerveja não só ocupa um lugar especial na agricultura humana, sugerindo que o cultivo da cevada exerceu papel central na adoção da agricultura, como também foi – durante um bom tempo – o único meio seguro para a ingestão de líquidos. Isto porque, “como era feita com o uso da água quente, a cerveja era mais segura para beber do que a água, que se contamina rapidamente com os resíduos humanos, mesmo nos menores assentamentos. (…) Em outras palavras, a cerveja ajudava a compensar o declínio na qualidade da alimentação que resultou da adoção da agricultura, fornecendo uma forma segura de nutrição líquida, e oferecia aos grupos de fazendeiros que a bebiam uma vantagem nutricional comparativa sobre aqueles que não a consumiam”.
Em linhas gerais, você poderia beber um copo de suco de cevada sem se contaminar, mesmo que este estivesse armazenado há meses. Isto porque para se fazer uma cerveja, é necessário, antes de mais nada, ferver a água – o que por si só já mata a grande maioria das possíveis contaminações – além da bebida possuir álcool, que inibe o crescimento de bactérias, e o lúpulo, que possui propriedades naturais antibactericidas
Se você estiver em algum ambiente cuja procedência da água não pode ser verificada, não pense duas vezes: além de ser uma opção deliciosa, a cerveja pode ser a sua única escolha adequada.
– E você, já foi a algum lugar onde a cerveja era sua única e fiel companheira? Conte para gente, compartilhe sua história conosco. –
Com informações de: Beerlife, História do Mundo em 6 Copos (Editora Zahar, 2005) e Quora