O homenageado deste post é um dos maiores músicos e uma das estrelas deste fantástico universo conhecido como planeta rock-and-roll.
Pete Townshend, que eu poderia de forma extremamente preguiçosa identificar apenas como guitarrista, é a alma que está, desde 1962, por trás de uma das maiores e mais conhecidas bandas do planeta: The Who!
Ele nasceu Peter Dennis Blandford Townshend em 19 de maio de 1945, na cidade de Chiswick, Londres, Reino Unido.
Sim, esses meninos, hoje praticamente todos chegando aos 70 anos, alguns já avôs, e até bisavós, estão na estrada há 54 anos. Claro que não é a mesma banda desde a sua formação – como acontece com os maravilhosos Rolling Stones. Mas o espírito do The Who reina firme e forte.
O nome da banda foi adotado oficialmente em 1964, tendo em sua formação básica o compositor e guitarrista Pete Townshend, seu amigo de várias paradas John Entwistle no baixo, Roger Daltrey nos vocais e o fantástico baterista Keith Moon.
Desde suas primeira apresentações, The Who e seus integrantes sempre foram marcados por um comportamento que beirava uma anarquia muito particular. Rapidamente, o grupo tornou-se o representante máximo e o símbolo da rebelião juvenil inglesa e do rock-and-roll poderoso e marcado por um comportamento pessoal e radical.
A destruição de instrumentos no palco, mesmo tendo nascido de forma acidental – em uma apresentação Pete Townshend perde a cabeça e destrói sua guitarra -, virou uma espécie de marca registrada do grupo. Em seguida, Keith Moon passou a seguir o mestre destruindo as baquetas de sua tão estimada bateria.
A mistura de uma forte insatisfação e anarquia do grupo nunca foi fake. Seus integrantes se meteram em várias confusões, onde bebidas e drogas rolavam soltas e loucuras aconteciam – como a episódio em que, durante uma comemoração do aniversário do baterista Keith Moon, um Lincoln Continental acabou meio submerso na piscina. O grupo foi proibido de se hospedar nos hotéis da cadeia Holiday Inn para sempre.
Felizmente, a qualidade da música praticada pelo grupo, em sua maioria de autoria do genial Peter Townshend, transformou o The Who num dos mais prestigiados grupos de rock do planeta. O inquieto Pete somou obras maravilhosas e inéditas para a época, incluindo as óperas-rock Tommy e Quadrophenia, que posteriormente viraram filmes.
O homenageado deste post, Pete Townshend, foi incluído na 3ª colocação da lista dos Melhores Guitarristas do Mundo do livro The New Book ou Rock Lista, de Dave Marsh; 10º na lista dos 50 “Melhores Guitarristas da Gibson.com e 10º na lista de “100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos”, da revista Rolling Stone. Também se saia muito bem tocando teclado, baixo e bateria.
Em sua longa carreira, escreveu mais de cem canções, reunidas em pelo menos onze álbuns de estúdio do grupo.
Em 2010, Pete Townshend lançou a sua autobiografia “Who I Am”, onde conta de forma crua e honesta sua história. Desde uma infância complicada às farras que ele e os membros do The Who curtiram em suas excursões, as brigas entre os integrantes, sem fugir de declarar o uso de bebidas e drogas em boa parte de sua longa carreira.
A bebida preferida do líder do The Who sempre foi o conhaque. Um amigo de muitas horas.
Em alguns trechos ele revela esta relação:
“Bebi demais naquela noite e tentei descobrir por que, depois de meia garrafa de conhaque eu ainda não sabia lidar com a coautoria (dificuldade de compor uma peça). A verdade é que embriagado ou sóbrio, isso (compor) está fora do meu alcance emocional”.
Em outro trecho, falando sobre shows: “Minha capacidade para beber no palco era enorme, principalmente se fosse conhaque”.
Ou sobre festas: “Depois do nosso primeiro show em Miami, um amigo rico do produtor nos convidou para uma festa na sua casa nas Keys, que era dominada por uma enorme piscina coberta. Eu estava tão bêbado, o bastante para nadar pelado pela primeira vez em minha vida na companhia de quinze ou vinte outros jovens.”
José Edward Janczukowicz