Na grande História das Cervejas, todo dia pode ser o dia em que nasce uma ou mais novas brejas.
O limite é o infindável poder de criação de novos cervejeiros, profissionais ou amadores e pesquisadores caseiros desta maravilhosa bebida admirada, cultuada e consumida em praticamente todas as partes do mundo.
O registro destas mudanças fica a cargo do BJCP (Beer Judge Certificatin Program), Organização que, em parceria com a BA (Brevers Association) determina anualmente quais os padrões dos estilos de cervejas em todo o mundo.
A Edição de 2015 traz novidades e atualiza este universo cervejeiro em constante mutação. Estilos novos, estilos reagrupados, muito discussão.
O jovem estilo American Light Lager é o nosso focalizado. Em linhas gerais, podemos dizer que ele é o pai de delicias cuja cor predominante é o palha e o amarelo pálido e que o estilo é uma das filhotas daquelas brejas muito conhecidas suas de um grande família: as pils.
Segundo o BJCP 2015, tudo começou quando a Coors produziu uma light lager por alguns anos na década de 1940. Versões mais atualizadas nasceram em 1967, destinadas para aqueles consumidores que faziam dieta. Vieram animadas por um slogan: “muito gosto, com menos calorias”. As brejas desta cepa passaram a ser as mais vendidas nos EUA na década de 1990.
Características básicas: versão mais leve, menos álcool e calorias do que uma American Lager. Menos presença de lúpulo amargo.
A sensação que pode ficar em sua boa é de uma bebida muito leve, altamente carbonatada, com a sensação – para alguns – de se receber “agulhadas” na língua por atuação do gás carbônico.
Quanto ao sabor, deve apresentar um caráter meio neutro, com final fresco e seco e muito baixo sabor de grãos como o milho, que acrescenta uma pequena doçura, devido ao baixo amargor. Consequência de pequena presença de lúpulo, que pode apresentar uma qualidade floral, picante e herbal.
Em alguns casos, o uso de adjuntos como arroz ou milho –pode chegar a 40% – explica a sua leveza, seu “ar” de bebida refrescante, que para fãs de outros estilos pode até parecer um pouco aguada.
Garçom, uma American Light Lager, por favor!
A Samuel Adams Light, de 355ml, graduação alcoólica de 4,1%, nos leva a experimentar uma das cervejas mais tradicionais dos Estados Unidos, fabricada pela Boston Beer Company. Utilizando apenas os melhores de duas linhas de malte e lúpulo alemães. Exala um perfume complexo de malte torrado equilibrado com notas de laranja dos lúpulos nobres. No final, nítida e suave sem qualquer amargor. O site da Samuel Adams Light explica que ela não é apenas uma versão leve da Samuel Boston Lager, mas o ápice de dois anos de pesquisa e ensaios de fermentação para criar uma cerveja leve e saborosa. Harmoniza bem com amendoim, batatas fritas, castanhas de caju, hambúrgueres, queijo frescal, minas, camarão frito, caranguejo, peixe frito.
Mudando completamente a nossa rota, vamos apreciar uma Tiger Crystal Light. Ela é filha da cervejaria Singapore Brewery, com teor alcoólico de 4,1%. Considerada uma lager de estilo europeu, ela é especialmente produzida, usando um método a frio. Filtra a breja durante o processo de fermentação a uma temperatura de cristal-frio de 1 grau, visando preservar os sabores e aromas mais desejáveis. Resultado: uma cerveja fácil de beber, com sabor sutil e ao mesmo tempo levemente perfumado.
A saideira vem da Noruega: Ringnes Lite. Com graduação alcoólica de 4,5%, a Ringnes é especialmente fabricada com a intenção de reduzir o teor de calorias, em 30%, se comparado com as pils comuns; e 70% a menos de carboidratos . O resultado mantem o mesmo sabor das Ringnes normais, com um frescor que se sobressai!
José Edward Janczukowicz
Fontes:
BEER JUDGE CERTIFICATION PROGRAM – 2015, Edited by Gordon Strong e Kristen England
http://www.oguiadacerveja.com.br/2011/11/1a-lite-american-lager.html
http://www.cervejastore.com.br/cerveja-samuel-adams-light-355ml-p8304/