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Home  /  Cerveja • Grandes Bebedores  /  Grandes Bebedores: Lillian Hellman
08 novembro 2016

Grandes Bebedores: Lillian Hellman

Escrito por José Edward Janczukowicz
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A nossa homenageada deste post é Lillian Hellman, nascida em 20 de junho de 1905, em Nova Orleans. Aprendiz de jornalista em início de carreira, crítica literária, selecionadora de roteiros que deveriam ser lidos pelos produtores do Metro-Goldwin-Mayer até escrever a sua primeira peça de teatro, “The Children ´s Hour”, que estreou na Broadway em 1934. O sucesso foi estrondoso. Tema extremamente delicado, mesmo para os dias de hoje, trata de uma falsa acusação de relação homossexual entre duas professoras de uma escola para meninas da Nova Inglaterra.

Peça que virou filme nas mãos do brilhante e talentoso diretor William Wyler, grande amigo de Lillian e que no Brasil recebeu o nome de “Infâmia”.

Proibida em Boston, Chicago e Londres, foi o primeiro “grito” de uma escritora que em seus próximos 11 livros e atos lutaria contra o racismo, as desigualdades sociais, a favor da defesa dos direitos humanos e contra o nazismo.

Em seu caminho apareceu o escritor Dashiell Hammett, sendo um dos seus livros mais conhecidos “O Falcão Maltês”, de 1930.  Considerado pelos críticos um dos pais do romance americano, precursor da literatura noir, manteve com Lillian um romance por 30 conturbados anos.

É ela quem nos apresenta o seu companheiro, com um componente que a sua literatura denotava em algumas páginas: um humor que passeava do sutil ao corrosivo.

Lillian estava com 24 e ele com 36 anos. Dashiell foi descrito como um alcoólatra brilhantemente inteligente, fumante inveterado, um homem cujos anos de glória passados deixaram-no com muitos admiradores e amigos mas pouco dinheiro.

A simpatia pelas causas sócias e a liberdade de expressão foi um elo que uniu profundamente o casal. Bem como as ideias políticas da “esquerda” que foram adotadas por muitos intelectuais, sem que fosse necessariamente filiados ao Partido Comunista Americano.

Fruto deste pavor coletivo é instalado, em 1947,  pelo Comitê de Atividades Antiamericanas, um inquérito sobre a indústria cinematográfica que buscava “inimigos do país” e  delatores. O casal foi convocado a depor “amigavelmente” perante o que ficou conhecido como o comitê de “Caça às Bruxas”. Lillian virou uma leoa ferida. Ao chegar sua vez, tomou atitude inédita: recusou-se a falar “a não ser de si mesma”. Disse isso por escrito, avisando que não delataria nomes de amigos ou inimigos.

O casal foi colocados na lista negra, com outra centena de intelectuais e proibidos de trabalhar em hollywood. Em 1976, Lillian Hellmann escreve o livro “Caça às Bruxas”, contando este vergonhoso episódio da história americana em detalhes.

O relacionamento de Lillian Hellman e Dashiell Hammett foi sempre regado a uma boa bebida e muito sexo, dentro e fora do casamento.

Um episódio conhecidíssimo que demonstra como era esse relacionamento acontece quando da estreia de “The Children´s Hour” na Broadway. Bastante nervosa, Lillian tomou um grande porre de conhaque. Acordou na manhã seguinte e para rebater a ressaca tomou uma cerva gelada. Pegou o telefone e ligou para Hammett que estava morando em Los Angeles. Foi atendida e falou com a secretária dele.

O sucesso da peça e a furiosa ressaca levaram dois dias para abrir os caminhos da percepção em Lillian. Lembrou que no momento em que ligou para o amado eram três horas da manhã na Califórnia, e Hammett não tinha secretária.

O resto desta história está em detalhes no livro “Guia de Drinques dos grandes escritores americanos”, de Mark Bailey e Edward Hemingway, da Zahar. Vamos desfrutar: “Pegou o primeiro avião para lá, embebedou-se no caminho e foi direto para a casa de Hammett. Espatifou seu bar e voou de volta para Nova York. Hellman sabia onde atingir um homem.”  

 

José Edward Janczukowicz

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