O nome do nosso homenageado, em princípio, pode passar despercebido. Ou ficar naquela zona da memória “ me lembra alguém… deixa ver…”. É um ator. Um comediante. Também fez filmes sérios. Nem sempre está na grande mídia. Foi um dos principais interpretes do filme “ Os Caça-Fantasmas”, de 1984, com os parceiros humoristas Dan Aykroyd e Harold Ramis.

Nasceu em Wilmette, Ilinois, 21 de setembro de 1950. Filho de pais da classe média baixa que lhe deram 8 irmãos.
O adolescente Bill Murray frequentou a Universidade de Denver, sendo de lá expulso por porte de maconha. Nosso homenageado acreditava em seu talento, tentou o rádio, em dois programas de curto sucesso e participou de uma companhia de teatro de Chicago.
Até que, um dia, e isto não é uma piada, ele foi convidado para o elenco de um dos humorísticos da TV mais famosos e conceituados dos Estados Unidos: Saturday Night Live. “Saturday…” Nasceu em 1975 como programa semanal, com 90 minutos (incluindo comerciais) e nunca tirou férias. Murray contabiliza presença constante entre 1977 e 1980 e aparições especiais em 1981, 1987, 1993, 1999, 2015.
Com aquela sua “cara de pau” impar, vieram convites para o cinema. Pequenas experiências sucederam o seu grande sucesso mundial: “ Ghostbusters”- Os Caça Fantásmas, dirigido por Ivan Reitman, que teve fácil empatia com Murray e realizaram outras parcerias.
Além de crítica positiva, “Os Caça-Fantasmas” foi sucesso de público. Filmado com um orçamento de $ 30 milhões, rendeu $ 229 milhões. E a continuação foi inevitável.
Bill Murray parecia e sempre foi um outsider, alguém fora da órbita bem comportada. Por vezes ficava tipo “incomunicável”, sem agente ou telefone fixo para ser localizado. Era facilmente seduzido por amigos e participava de projetos menores. Escolhia o seu cominho. Algo que, no entanto, não deixou de contabilizar cerca de 60 projetos cinematográficos em sua carreira.
E o respeito de alguns diretores de peso ou da moda como Wes Anderson, que o convidou para filmar “Rushmore” – Três é Demais, 1998 – que deu ao nosso convidado várias indicações e prêmios como o O Globo de Ouro na categoria Melhor Ator Coadjuvante.
“Lost in Tranlation” – Encontros e Desencontros, 2003, desta vez fazendo um papel dramático, trouxe novamente Bill Murray próximo dos holofotes mundiais. Sua interpretação lhe deu um Prêmio Bafta, o Oscar inglês.
O nosso homenageado sempre foi um bebedor moderado. Gostava de várias bebidas. Brincando com a questão, Bill Murray reconheceu curtir o álcool e completava: “Embora eu não seja um alcoólico”. E a explicação: eu não tenho uma bebida preferida. Disse, enquanto apreciava um copo com champanhe.
Vodca também estava entre suas preferidas. Foi o que tomou ao participar de um dos programas de David Letterman, quando acompanhou o apresentador numa dose histórica.
Recentemente, quando um dos cinco filhos de Bill, Homer Murray, inaugurou um bistrô no Brooklyn, a grande atração, um dos barman, foi nosso homenageado. Tudo devidamente registrado por uma multidão de fãs e mídia, como o jornal The New York Times.
Assim que chegou (atrasado, claro) Bill Murray pegou uma garrafa de Vodca Slovenia, uma das suas preferidas, tirou a tampa, serviu e sorveu a primeira dose, colocou um boné na cabeça e começou a trabalhar, no seu estilo.
O responsável pelo bar, McClure, criou um coquetel com vodca, amaro e botões de rosa para comemorar a abertura da casa. Ainda não tinha nome oficial. Bill Murray deu um gole na bebida e vaticinou: “The Deep Finder”.
José Edward Janczukowicz